Danger
Lordelo do Ouro, 12 de novembro de 2020 – O maior perigo deste mundo é ter um amor proibido. Um amor que sabes que não é correspondido. Mas, ao mesmo tempo, atravessar todos os processos de sentir paixão por outro ser humano é sempre uma nova aventura. Além disso, quando estás a tentar entender e…
Sorry
Porto, 14 de outubro de 2020 – Honestly, I do not even know if you are ever going to read this, – maybe someday – but I do not need anyone to pity me. I pity myself enough, even if I do not want it to be that way. In fact, I ask you, with…
From now on
Figueira da Foz, 27 de agosto de 2020 – A casa dos meus sonhos fica a um minuto – talvez menos até – da minha casa atual. Durante grande parte da minha infância, conheci-a como uma casa abandonada, com quintal desbravado e portão desengonçado. Sempre que reparava em algum movimento dentro do recinto que se…
O Plágio da Letra M: abrazar
Figueira da Foz, 10 de agosto de 2020 – São 20:22. É fim de tarde de segunda-feira, dia de trabalho. No caminho para casa, o céu está azulado como nunca e parece que Alguém pincelou no ar frescos riscos com as cores da laranja e da rosa. Enquanto um gato pardo atravessa a estrada e…
O Plágio da Letra M: nas asas do vento
Figueira da Foz, 29 de junho de 2020 – Faltavam exatamente 365 dias para ele voltar a celebrar o dia em que começou a fazer parte deste mundo exterior que apenas o havia rodeado por uns escassos meses, antes de nascer. Seria tão mais fácil poder renascer a cada novo aniversário… O tempo é, desde…
O Plágio da Letra M: free
Figueira da Foz, 29 de junho de 2020 – Agradeço imenso ao Universo por me ter dado tantas incríveis oportunidades ao longo da minha curta vida. Mesmo nos momentos menos bons, consigo ir buscar às minhas memórias sentimentos mais emotivos do que uma explosão. Seja pelas pessoas que vou conhecendo e pelas circunstâncias em que…
O Plágio da Letra M: não tenho nome
Figueira da Foz, 14 de junho de 2020 – Perfumando o ar, alguém atravessava os longos salões daquele misterioso castelo. Mas, ao não encontrar nenhum sinal das conchas de náutilos – que se dizia terem sido símbolo da grandeza de um tempo irreverente -, deparou-se com uma divisão cheia de estátuas cujos movimentos apontavam para…
O Plágio da Letra M: paixão
Figueira da Foz, 14 de junho de 2020 – Chove. Lá fora, um grande pinheiro ondula ao sabor do vento, encantando-se com os chilreios das aves autóctones. As agulhas fazem lembrar a época natalícia, tão profusamente esperançosa e mansa esta árvore se impõe. Os seus esguios ramos, quais vis braços criadores de tão elegante robustez,…
A minha história normal
2 de abril de 2020 – Desde cedo que me sinto especial, que me dei conta de que sou diferente das outras pessoas, talvez por mérito próprio, talvez devido ao meio envolvente. Não apenas eu, como continuo a constatar: na minha opinião, não existe definição verídica para “normalidade” (um conceito subjetivo porque todos e cada…
Deceptions of the mind
Figueira da Foz, 23 de março de 2020 – O momento do qual mais me arrependo na minha vida foi não te ter beijado – nessa noite, naquela tarde, no outro dia. E, depois, num reconfortante abraço que se seguiu, não ter ficado presa para sempre, enleada em teus braços. Contigo, a vida é todo…
Mήτις (Métis)
Figueira da Foz, 1 de março de 2020 – Por que pensas que é cobardia?Naquela estrada ando sozinho,perco-me nela – não queria.Chamo por ti, digo baixinho… À noite, Douro de encantos,miro ao luar teus recantos.E sinto aqui, cantando Fados,Teu vago cheiro a maresia. Vindo o dia em te dás,com teu calor perto do meu,Respiro o…
Posso censurar-te?
Porto, 30 de janeiro de 2020 – Não quero dormir porque não quero sonhar contigo. Não quero acordar e relembrar que existes. Quero, antes, distrair esta minha mente perversa e distorcida com ecrãs e extravagâncias. Quero ter essa liberdade. Parece demasiado cliché para ser verdade. Não pretendia que isto acontecesse, mas é verdade que me…
Opposites attract
Porto, 20 de janeiro de 2020 – Antes, quando eu pensava que a área metropolitana correspondia à área ocupada pelo metro – como meio de transporte – de determinada cidade, não precisava de jogar jogos de arcada no meu smartphone às tantas da noite, com medo do silêncio, para me lembrar que, de facto, existes…
Debaixo da mesma Lua
Porto, 20 de janeiro de 2020 – Todos aqueles que perdi – porque conheci e deste mundo se foram – em mim deixaram marcas profundas. Todos me perseguem nas horas mais sombrias da minha existência, seja por um olhar, por uma referência perdida ou por um comentário descurado. Nesses momentos, sinto saudades de segurar naquela…
(e)s(t)ou confusa.
15 de janeiro de 2020 – O imaginário desvaneceu-se. Deixei-o arrefecer. Tornou-se um hábito e não uma novidade. Esta rotina assusta-me. Nunca tinha pensado que me podia habituar a isto, a uma tua presença distante, a uma indiferença fingida que me corta a respiração (e estou constipada; portanto, imagina!). O meu espírito vagueia por entre…
“As pessoas não mudam – têm Momentos”
Figueira da Foz, 8 de janeiro de 2020 – Foi o que me segredaste quando partiste. É aquilo que ouço no eco de cada dia que passa e que marca com maior profundidade a saudade que tenho de um nós. Procuro com requinte que as palavras me ajudem a descrever-te, mas não vejo o fim…
Olhai
janeiro de 2020 – Basta um olhar para me deter.Basta um sorriso para me afastar.Basta um gesto para parar.Basta uma palavra para enrubescer.Pensas em mim?Chove e eu choro por dentro.Queremos sempre aquilo que não temos.Nem sempre? Muitas vezes? Não. Nem te vejoVejo teus olhos apenas,Teu cabelo moreno, loiro talvez,Teus ternos lábios,Tuas mãos frias, como fria…
Januar
Figueira da Foz, janeiro de 2020 – Começo com a certeza de que a escrita será proveitosa. Aqui me refugio, me sinto segura e livremente comprometida. És minha fonte de inspiração, de devaneio e de refúgio. À noite, antes de fechar os olhos, sorrio porque o acaso me assegura de que estarás comigo uma noite…